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terça-feira, 30 de abril de 2013

Poeira de sete faces




Eu faço jornalismo, mas eu detesto os jornalistas. Como viver assim, nessa loucura dicotômica entre ser o que se repudia? Eu vivo. Mas, sinceramente, eu não entendo. Como aqueles jovens cheios de boas vontades chegam à universidade querendo mudar o mundo; e saem de lá se contentando em camuflar-se no mundo. Mundo mundo vasto mundo/se eu me chamasse Raimundo/seria uma rima, não seria uma solução. Raimundo, João, Maria, Ana... Tantos nomes, tanta gente, pouca ação.

Vejo nos olhos as vontades, as indignações e jovens revolucionários ostentando seus redondos e vermelhos narizes de palhaço. Ora pois, que orgulho eles vêem em ser palhaços do sistema, da mídia, da televisão? Pobres coelhinhos medíocres, cospem palavras sem sentido, sem razão. Veneram Che Guevara, mas não sabem nada de revolução.

Acordem! A maior mudança tem que acontecer de dentro pra fora. Não funciona? Muda! Não tá contente? Busca! Não te ouvem? Berra! Coração vazio pesa mais que bolso cheio. Mente recheada de obviedades rola mais que bola de feno. Sem rumo, sem nexo, sem sentido, sem razão. Ao sabor do vento, mas na mesma direção.

Mundo mundo vasto mundo/mais vasto é meu coração.

3 comentários:

  1. Um grande início é não venerar pessoas, ainda mais guerrilheiros!

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    1. E se o fizer, que seja com embasamento, conteúdo... Essas coisas que andam em falta por aí ;)

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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