Páginas

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

É carnaval. . .


...[ dentro de nós ]

Vão-se os amores da noite pro dia, deixando apenas aquela infinita amargura verborrágica entre casais que gastavam os sóis, invadiam as madrugadas e esqueciam-se do mundo – que não fosse o pintado por eles -, apenas para orbitarem em torno do silêncio, aquele conhecido vazio sonoro repleto de sentido. E sabe o motivo de tudo isso ser assim, feito um script, como é? De o tal do amor que descrevem, pintam e bordam por aí ter começo lindo, meio turbulento e final iminente? Simples, não é amor. Saber o que é aí sim pode ser bem complicado, não por não se ter opções e sim por existirem muitas delas. Amor se explica por si só, digo isso porque ele não precisa fazer sentido para nenhum dos lados, e de fato não o faz, ele não exige contratos, ele rasga os rótulos e dispensa medíocres atualizações no facebook. Ele pode chegar no auge do inverno em meio aos resmungos gelados entre goles quentes de café, e chega, mas ele não vai embora com a brisa luxuriosa do verão, logo ao passar do primeiro Arlequim no carnaval, Pierrot [amor] que é Pierrot [amor] preserva sua (seu) Colombina [amor].

Paula Moran  Janeiro/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário